Shane vai ao mercado!
Shane saiu naquela manhã da sua casota com destino pensado. Estava bastante frio, mas o belo macho deu uma corrida para aquecer. Distraído, por pouco não foi atropelado por um automóvel de luxo que passava a cem à hora. O bruto Tedy encostado a um largo portão riu-se do amigo e disse na galhofa.
--Então amigão queres ser passado a ferro logo pela manhã? Se calhar vais a fugir da bófia.
--Da polícia foges tu que andas sempre na roubalheira. Vou correr para aquecer e também para chegar depressa ao meu destino. Tenho uma missão a cumprir e se chegar tarde, tarde será para a fazer como deve ser.
--Continuas um filósofo Shane, mas a filosofia não enche a barriga. Eu quero é boa vida com muita carne. Daqui a pouco vou tentar roubar um bom naco ali no talho do homem gordo, ou então tirar do saco de alguma cliente.
--Realmente continuas o mesmo ladrão de sempre, o teu fim não vai ser bom.
--Olha parvalhão, pode não ser bom o meu fim, mas ao menos vou de barriga cheia.
--Adeus e tem juízo Tedy, vou à vida que já me atrasei.
Shane rápido em nova correria foi para a sua programada missão.
Dez minutos depois estava no local aonde queria estar presente.
Mesmo a tempo. O enorme camião estava nesse momento a chegar. Por pouco não perdia a chegada das novidades, Quem chegava cedo podia escolher as melhores mercadorias. Os mandriões tinham de se sujeitar aos restos.
Os homens do camião que eram dois, disseram um para o outro.
--Olha o cliente do costume, nunca falha.
--É verdade, é sempre o primeiro a chegar, os outros vêm mais à tarde.
Fazendo um grande estardalhaço a longa viatura descarregou a sua carga, depois os homens entraram no camião que lentamente arrancou.
--Boa sorte Shane até manhã.
Shane então rápido mas com muita concentração escolheu os artigos que lhe mais agradaram. Teve muita sorte, alimento bom e um peluche bonito cor-de-rosa foram as mercadorias escolhidas.
Agora o tempo já aquecera bastante e o Shane belo exemplar canino regressou feliz à sua casota, com um belo naco de carne e um boneco para o filho ainda cachorro brincar. Tudo adquirido, sem roubar, na estrumeira da cidade.
Yarb, 6/12/2012
Bem escrito e com um fundo moralista.
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