segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Comentários anónimos...

Comentários anónimos…
Amigos, há muito que desejava fazer uma observação sobre os comentários que recebo neste blogue. Decidi esta tarde, não deixar passar de hoje.
Gosto muito de receber comentários, a partir deles posso aprender e depois corrigir. Posso também poder esclarecer os meus pontos de vista.
Se algum comentário ultrapassar a barreira do conveniente, tenho sempre a hipótese de anular o mesmo. Mas os outros, mesmo os mais críticos, serão mantidos.
Em princípio responderei a todos. A todos não!
Aos comentários anónimos não responderei, nem darei qualquer esclarecimento. Não respondo, não sabendo quem os faz.
Se forem correctos serão mantidos, se  forem incorrectos terei de os anular.
Não entendo porque razão um comentário, por vezes tão construtivo, tão bem escrito, o seu autor se esconde por detrás do anonimato.
Não entendo!
José Bray


domingo, 29 de setembro de 2013

"Do nascer ao pôr-do-sol" de Luís Veiga


Amigo e camarada Luís Alberto Veiga, presente!
Na montanha, no mar ou na cidade, tu estás dentro “Do nascer ao pôr-do-sol”. Direi mais, tu também estás do pôr ao renascer do mesmo sol.
Ao ler a tua narrativa, enorme lição de vida, um bom livro, deixei-me embrenhar nas suas páginas e dou-te os parabéns por tudo o que foi escrito e a emoção que me causou.
A tua escrita tem emoção, tem humor, tem sofrimento e além de tudo o mais, tem muito para ensinar. Sinto que estou lá, não estando, mas depois estou mesmo.
Percorremos os dois, o mesmo espaço-tempo, vidas diferentes mas parecidas. Parece um paradoxo, mas não é para falar de mim que escrevo este texto.
“Do nascer ao pôr-do-sol”, está muito bem escrito, a obra está estruturada com inteligência. A partir do momento em que o leitor agarra o sabor das palavras, percorre com prazer cada página, não mais saindo de dentro do livro até, à dedicatória final.
Luís Veiga foi um combatente, em cada momento da sua vida, sempre guerreando pela paz e bem-estar dos seus, mas também dos amigos.
O livro é uma lição para nós todos. O autor teve a preocupação de não fazer uma obra lamechas ou de gabarolices. É impressionante a dimensão do seu amor à família, à Fátima, filhas e netos.
As estórias de vida contadas e vividas por ele, são testemunhos de um forte carácter e grande capacidade de liderança. Têm moral, dignidade, sentimento, humor e acima de tudo muita humanidade.
Adorei o seu “Do nascer ao pôr-do-sol”
Conheci o Veiga no quartel de Engenharia na Pontinha em 1966, mas só reparei nele durante a viagem no navio Uíge, quando partimos para a guerra em Angola. De imediato apercebi-me da sua capacidade de lutador e forte personalidade.
Em Angola não tivemos contacto permanente, embora fossemos os dois da mesma companhia. Contudo foi o suficiente para conhecer o ser humano. Aprendi a respeitar o Luís Veiga e ver nele um líder natural. Confesso que não foi o meu principal amigo, mas foi aquele que considerei mais adulto e mais preparado para a vida.
Tudo o que digo encontra-se no seu livro. Nos convívios da CC 1604 foi o camarada que mais trabalhou a par com o Joaquim Carvalho. Foi devido à sua dinâmica e capacidade de liderança que permitiu o reencontro de tantos camaradas.
Obrigado pelo livro Luís Veiga, és um escriba de mão cheia. Não pares, queremos mais!

O amigo e camarada
José Bray

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Vermelho versus encarnado

Vermelho versus encarnado
Gostava de escrever um conto com tinta vermelha. Porque razão está quase instituída como norma que só se deve escrever a preto ou a azul? Ainda se aceita com reservas o verde. Parece-me ser uma tolice, ainda por cima quando dizem ser uma desconsideração. Conheço pessoas que gostam de escrever em cor-de-rosa, outros, foi o meu caso, a roxo ou parecido. Devemos escrever em qualquer cor, o importante é o acto de escrever. Hoje apetece-me escrever a vermelho, ou encarnado no dizer de muita gente.
O problema é que um conto hoje não vai ser parido, pois não me sinto prenhe de talento e forçar é disparate. É quase como forçar a masturbação quando o organismo não pede.
Estou escrevendo só porque me dá gozo escrever, é uma forma de afastar pensamentos que me não dão prazer. Amanhã a minha mãe faz noventa anos, hoje a sua irmã Maria fez oitenta e nove. Penso que um outro amigo faz hoje anos, mas não me lembro qual.
Daqui a pouco vou falar com o Fidalgo por causa do Museu do Xadrez.
Comeira, 23 de Julho de 2013

Tomate Maduro

sábado, 21 de setembro de 2013

Xadrez - Direcção da A. X. Leiria para 2013/2015

Xadrez – Nova Direcção da A. X. Leiria
Ontem dia 20 de Setembro de 2013, foi eleita a nova Direcção da Associação de Xadrez de Leiria.
Como na anterior, nesta Direcção com os meus amigos Rui Feio e João Santos fazemos parte da Mesa da Assembleia Geral. Na minha honesta opinião a Mesa está bem representada. No meu caso pessoal aceitei continuar porque penso ser necessária uma voz que apele ao bom senso e à concórdia.
Evidentemente que concordei com a actual lista. Penso que é gente muito equilibrada e podem fazer alguma coisa pelo xadrez do distrito. Afinal o bem do xadrez é a minha principal preocupação.
Mas não sou ingénuo, sei que existem ingredientes que podem vir a destabilizar o futuro da Associação. Por isso na sua acção, a Direcção tem de ter o tacto necessário para não deixar resvalar para zonas de risco. Por sua vez todos os Clubes devem ter uma postura condizente com a sua missão e os jogadores, directores, monitores e árbitros devem ter um comportamento cívico digno.
O Presidente e a restante Direcção, tudo têm de fazer para não haver conflitos, e se os houver têm de os sanar.
Como já disse neste blogue, a Associação de Xadrez de Leiria é o órgão legal do Distrito todo. Representa os 16 concelhos, tem de se preocupar e promover a modalidade em todos. A Direcção da Associação, do Presidente ao Vogal não pode pensar só no seu Clube.
Dou os parabéns à Equipa (agora eleita) que tem condições e saber para fazer um bom trajecto. Pela parte que me toca, estou disponível para todas as tarefas que me sejam solicitadas, desde que sejam construtivas e eu concorde com elas.

Direcção da Associação de Xadrez de Leiria para o biénio 2013/14

Direcção
Presidente: Carlos Dias
Vice-Presidente: Carlos Baptista
Secretário: Gonçalo Francisco
Tesoureiro: Mário Canaverde
Vogal: Jorge Silva

Assembleia Geral
José Bray
Rui Feio
João Santos

Conselho Fiscal
Daniel Silva
José Henrique
Rui Silva

Conselho Disciplina
Ricardo Oliveira
Duarte Basílio
José Fidalgo

Conselho Arbitragem
Rui Lopes
Pedro Rodrigues
Rafael Correia

Nota que considero importante! Todos os directores têm de produzir, não há nada mais corrosivo numa Direcção do que elementos amorfos e que só entram nas listas para preencher o quadro.

José Bray

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Xadrez - "Velho do Restelo", as alcunhas

As alcunhas no mundo do xadrez.
Um dia um amigo chamou-me “Velho do Restelo”. Não gostei, embora não tivesse ficado ofendido. Sei que foi uma brincadeira, na base de alcunhas a colar a cada um de nós.
Durante a minha vida já fui padrinho de algumas alcunhas que vestiam muito bem no visado, mas sempre com o cuidado de não ferir a dignidade de cada um, outros têm feito o mesmo.
O Vasco Elvas chamou ao nosso saudoso Carlos Quaresma o Dr. House, fabuloso.
O Rui Feio, chamou ao Carlos Baptista o Furacão, boa perspectiva. Ao mesmo Baptista apelidei de Indomável.
Voltando ao Rui Feio, para mim o Capitão América, mas um herói intelectual, nesse aspecto, nas antípodas do herói americano.
Entre nós o Carlos Dias era o Obelix, devido ao seu bigode e dimensão. Por seu lado o Vitor Cordeiro era o nosso Astérix devido às suas parecenças com a personagem da banda desenhada. A mim muitos puseram-me o Druida.
Por sua vez o Daniel Bray é “O Príncipe”.
E por aí fora não faltam alcunhas bem metidas…
Curiosamente, ou não, há pessoas que não têm perfil para serem apadrinhados por uma alcunha, ou que se possa fazer uma caricatura (desenho). Seja no sentido positivo ou no sentido negativo. São os chamados amorfos!
Agora uma coisa é certa e só falo no mundo do xadrez, nada tenho de “Velho do Restelo”, por isso o meu amigo que me perdoe. Para ele entender o seu erro vou dar-lhe algumas informações. Há mais mas não quero exagerar.
Uma coisa, tenho quase a certeza, tenho andado vinte anos à frente!
Cá vai a lista!
Lancei o torneio 25 de Abril na Marinha Grande, com nuances únicas.
Lancei o primeiro Nacional de semi-rápidas equipas.
Elaborei o projecto dos nacionais de equipas. Que outros abandalharam!
Fui o homem que proibiu fumar nos torneios de xadrez. Ainda a FIDE autorizava.
Promovi a criação do primeiro programa informático para os torneios suíços. O Protos que José Coelho foi o pai.
Escrevi a Bíblia da Gestão do Xadrez na A. X. Leiria, linha orientadora para as Direcções.
Tentei a criação de uma Academia central para o distrito. O que deu origem que alguns pensassem na sua Academia local. Eu queria uma Academia acoplada com a A. X. Leiria que apoiassem todos os Clube e promovesse o SABER na área do xadrez.
Como muitos sabem em Angola fundei a Academia de Xadrez de Luanda em 1973.
Tentei uma estrutura para receitas que permitissem capacidade para o Xadrez de Leiria evoluir. Isso partia por se criar uma Empresa em que os lucros iriam reverter a favor da modalidade e ainda poderia criar algum posto de trabalho.
Que aconteceu? É preciso explicar?
Além de tudo o mais, dou aulas de xadrez a custo zero, num projecto renovador, num Colégio exemplar.
Não ando trás de homenagens nem condecorações, nem sequer títulos. Amo o xadrez pela sua arte, ciência, filosofia e quase sentido religioso.
Como disse um dia. Troco qualquer título pelo Museu do Xadrez.
Encontram aqui alguma coisa de “Velho do Restelo”? Ou será que não sabem o que quer dizer “Velho do Restelo”?
É óbvio que alguns camaradas andaram nestes projectos comigo, bem-haja para eles, na parte positiva que lhes calhou, mas também alguns puseram areia na vaselina.
José Bray



quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Daniel Bray - A época 2012/13

Daniel Bray o meu campeão
Terminou a época 2012/13 para o Daniel Bray e para o José Bray (eu). Mas não vou falar de mim mas sim do meu campeão Daniel Bray.
Daniel, jogou trinta e nove jogos de lentas, esta ultima época. Dezoito em provas oficiais, cinco no torneio João Santos, sete no torneio de Fátima e nove em La Capelle.
Em Portugal só perdeu três jogos, fazendo a percentagem de 75%.
No Elo internacional, subiu 120 pontos, estando no momento com 2161 pontos.
Renovou a seu título de campeão distrital absoluto de Leiria.
Na Preliminar Nacional, classificou-se em quarto lugar, sendo o jogador número nove da lista, no meio de setenta xadrezistas. Esta classificação foi a melhor de sempre de um jogador do Distrito de Leiria no campeonato nacional absoluto.
Em La Capelle, foi o melhor português ao conseguir fazer cinco pontos, contra adversários com uma média de 2300 pontos Elo.
Além disso teve inúmeros êxitos em rápidas e semi-rápidas.
De lamentar a sua não participação no nacional sub 20, devido à FPX ter mudado a data dos nacionais de jovens.

Mas acima de tudo Daniel é um campeão na postura, sendo admirado por todos!

Os Malandros do Cruzeiro

Os Malandros do Cruzeiro

José Capote Gonçalves, para a minha pessoa o “Capotásio”. Companheiro de muitas aventuras. Trinta e dois meses, foi o nosso comum tempo militar. Foi a época do “Desassossego”, o tempo em que éramos camaradas por definição, mas amigos por opção!
Depois passaram-se quarenta e cinco anos...
Foi com o maior regozijo que tomei conhecimento que o Capote estava prenhe de um desejo. Mais tarde com igual satisfação recebi a notícia do nascimento da criança chamada “Os Malandros do Cruzeiro”.
Sendo o meu amigo Capote um artista plástico com muito mérito, admirei a sua coragem ao entrar no universo maravilhoso da língua portuguesa, a nossa pátria.
Fizeste bem Capote!
Sou um escriba compulsivo, mas não critico. Contudo senti no livro a alma do meu amigo. A sua irreverência, que acompanhei durante quase três anos nesses longínquos tempos de sessenta e seis a sessenta e oito, já após o famoso Maio.
Nos Malandros do Cruzeiro, está retratada com humor a adolescência e menos adolescência dos grupos de amigos que nos anos 50 e 60, abundavam na linha de Cascais. Rapaziada na busca da felicidade no obscurantismo do Estado Novo.
No livro do meu amigo, de uma forma camuflada, também está o “Desassossego” do nosso tempo de guerra colonial. Tempo da esperança perdida!
Meu amigo, José Capote Gonçalves, agora que deste à luz este filho, não pares! Por cá ficamos à espera de um irmão para “Os Malandros do Cruzeiro”.
Um abraço do tamanho da nossa amizade!
José Bray
Comeira, 11 de Setembro de 2013