domingo, 17 de julho de 2016

O xadrez e a vida - 05

05 – O xadrez e a vida
Levar a farinha ao moinho, seja no monte seja no rio!
Levar o saber à mente, seja no xadrez seja na vida!
No xadrez como na vida o aprender é necessário, é mesmo fundamental. Aprender sempre e sempre e sempre!
Tanto na vida como no xadrez o saber é infinito, ou seja não tem limites...
Contudo há caminhos diferentes na forma de abordar e assimilar o conhecimento.
No xadrez temos as metodologias que cada professor, treinador ou monitor, usa para desenvolver os seus alunos e futuros jogadores de competição.
Temos também, cada um de nós a nossa forma de aprender, ou seja: como autodidactas.
Eu defendo a princípio do “homem do tijolo”, conforme metáfora que vou partilhar a seguir.
Trata-se de uma trabalho que apresentei no meu curso de monitor, que frequentei em Outubro de 2010, mas escrito em 2004.

O homem do Tijolo e o Xadrez
Era uma vez dois amigos que andavam sempre juntos. Eram como irmãos, mais, pareciam mesmo gémeos mas não tinham nenhum grau de parentesco. Tinham a mesma altura e peso aproximado. Na inteligência nenhum ficava a ganhar e na força também não. Eram dois rapazes fabulosos cheios de potencial. Nasceram e cresceram juntos e fizeram tudo na vida semelhante. Tudo não!.. Houve uma coisa que não fizeram igual. Colocar um tijolo todos os dias!.. João fazia isso usando alguns segundos em cada dia que passava. Pedro achava a isso um disparate e ria-se do amigo.
A vida passou e um dia chegaram à velhice. O João tinha construído um edifício e o Pedro nada fizera!

Era uma vez dois amigos que andavam sempre juntos. Jovens igualmente inteligentes, gostavam das mesmas coisas, uma das suas paixões era o jogo do Xadrez. Durante um certo tempo o nível deles era igual. A partir de certa altura aconteceu o seguinte: O Carlos só queria jogar e não queria estudar o xadrez, afirmava que o mais importante era praticar. Por sua vez o Daniel estudava todos os dias, uns finais, mates, combinações, táctica, estratégia, pouco de cada vez mas sempre.
Sabem o que aconteceu com o passar do tempo? É muito simples! O Carlos embora fosse muito inteligente nunca passou de um jogador medíocre, por sua vez o Daniel tornou-se um campeão sem esforço de maior.


Façam como o Homem do tijolo, todos os dias aprendam um pouco e assim conseguirão construir o edifício do saber!

Marinha Grande, 06 de Maio de 2004
José Bray, 11/10/2010









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