Os
Malandros do Cruzeiro
José
Capote Gonçalves, para a minha pessoa o “Capotásio”. Companheiro de muitas
aventuras. Trinta e dois meses, foi o nosso comum tempo militar. Foi a época do “Desassossego”, o tempo em que éramos camaradas por definição, mas amigos por
opção!
Depois
passaram-se quarenta e cinco anos...
Foi
com o maior regozijo que tomei conhecimento que o Capote estava prenhe de um
desejo. Mais tarde com igual satisfação recebi a notícia do nascimento da
criança chamada “Os Malandros do Cruzeiro”.
Sendo
o meu amigo Capote um artista plástico com muito mérito, admirei a sua coragem
ao entrar no universo maravilhoso da língua portuguesa, a nossa pátria.
Fizeste
bem Capote!
Sou
um escriba compulsivo, mas não critico. Contudo senti no livro a alma do meu
amigo. A sua irreverência, que acompanhei durante quase três anos nesses
longínquos tempos de sessenta e seis a sessenta e oito, já após o famoso Maio.
Nos
Malandros do Cruzeiro, está retratada com humor a adolescência e menos
adolescência dos grupos de amigos que nos anos 50 e 60, abundavam na linha de
Cascais. Rapaziada na busca da felicidade no obscurantismo do Estado Novo.
No
livro do meu amigo, de uma forma camuflada, também está o “Desassossego” do
nosso tempo de guerra colonial. Tempo da esperança perdida!
Meu
amigo, José Capote Gonçalves, agora que deste à luz este filho, não pares! Por
cá ficamos à espera de um irmão para “Os Malandros do Cruzeiro”.
Um
abraço do tamanho da nossa amizade!
José
Bray
Comeira,
11 de Setembro de 2013
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