terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Procurando o Bray

Introdução
Desde a primeira hora  foi nossa intenção envolver mais investigadores na procura do Bray, da família ou fora dela. Portanto este blogue estará aberto a todos que tenham algo a acrescentar ou simplesmente a comentar. Por outro lado desejamos dar a oportunidade a quem queira saber coisas sobre os Bray. Neste blogue já existem mensagens mais antigas que podem ser consultadas.
Pedimos por isso textos aos investigadores, não interessando a dimensão dos mesmos, desde que tragam algo de interesse.
Este primeiro trabalho é de Teresa Bray que já investiga os Bray há mais de uma dezena de anos. Esta prima é bisneta de Amélia Bray que por sua vez é bisneta de António Agapito da Rosa Bray que por sua vez foi filho de António  Francisco Agapito Bray. 
Teresa Bray tem investigado muito e bem, foi ela que encontrou a assinatura que transporta o apelido Bray para mais uma geração nos ascendentes.
José Bray


O “nosso” Bray mais longínquo - 1
António Francisco Agapito Bray, foi o nosso Bray mais longínquo, facto confirmado documentalmente através da sua assinatura conforme comprovativo em nosso poder. Viveu em pleno séc. XVIII, entre os anos de 1742 e 1793. Sabemos através dos Registos Paroquiais de Torres Vedras, Freguesia de Carmões, guardados no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, que António Francisco nasceu a 16 Outubro de 1742 e foi baptizado a 29 do mesmo mês e ano. Aos 27 anos casou com Joaquina de Santa Anna, no dia 13 Novembro de 1769, na Ermida de Nª Sª da Piedade, da “Corujeira” e faleceu na mesma localidade, a 12 Outubro de 1793, com 50 anos de idade.
Do seu casamento com Joaquina de Santa Anna sabemos terem tido 5 filhos:
Maria Rita (1772-?)
José (1774-1777)
António Agapito (1776-1845)
Anna (1779-?)
Violante Isabel (1782-?)
Estão também documentadas três gerações sucessivas, anteriores a António Francisco mas, até à data, não há nenhuma menção explícita ao apelido Bray.
Pai, Manuel Francisco (1702-17?)
Mãe, Maria Josefa (17?-17?)
Avô paterno, António Francisco (1678-17?)
Avó paterna, Luzia da Conceição (16?-17?)
Bisavô paterno, Pedro Dias (16?-16?)
Bisavó paterna, Maria Francisca (16?-16?)

Teresa Bray – 14 Janeiro 2013 
O “nosso” Bray mais longínquo -2
Uma das razões para aparecer o Bray, pode dever-se ao facto de não ser habitual em épocas tão recuadas mencionar o apelido. Um indivíduo era geralmente conhecido no seu meio pelo seu nome de baptismo como Ana, Luísa, Maria, Manuel, António ou José, nada mais.
Outra das razões é que os Registos Paroquiais são efectuados de uma forma sucinta, expondo apenas os dados necessários e poupando papel, grande parte das vezes o pároco era o responsável essencial, não dando sequer espaço para assinaturas de testemunhas.
Estas regras com o evoluir do tempo foram-se modificando, permitindo outras leituras sobre os indivíduos, para além do seu nome e o dos seus progenitores, surgem dados como a idade, a profissão/ ocupação, nome da esposa ou esposo, número de filhos e, torna-se um hábito permitir que aqueles que sabem escrever assinem os actos que presenciam (ou quando não sabem, ao menos “assinem de cruz”).
A assinatura em nosso poder é a prova que António Francisco assinou claramente o seu nome completo, aproximadamente um ano e meio antes de falecer (Carmões, C2, fl. 85v, 23 Fev.1791). Esse documento é apenas mais um registo de casamento, da freguesia de Carmões e, assegura claramente que António Francisco foi testemunha desse casamento. Mais, a sua assinatura com uma caligrafia correcta e impecável prova-nos que era um homem instruído, facto que muitos Bray posteriores também seguirão.
Não sabemos ainda porquê que António Francisco é Bray.
O mais natural é ter herdado o apelido pela via familiar, paterna ou materna pois, eram comuns as duas e, continuamos a investigar o assunto com interesse. Podia, eventualmente, tratar-se de uma herança por simpatia, de uma pessoa influente da sua infância ou das suas relações, como um padrinho ou tutor, de nome Bray mas, também até hoje, não há confirmação desta ideia.
Ou então, mais simples, podia ser um título, um nome sonante para que lidasse com eficácia no seu meio profissional. Como e quando começou a ser utilizado o Bray continua a ser um mistério.
Esse é um dos nossos principais desafios. Todas estas meras hipóteses de trabalho continuam em aberto pois, em genealogia e história, tal como em qualquer ciência, cada verdade é continuamente reconstruída e aperfeiçoada.
Teresa Bray – 14 Janeiro 2013 

3 comentários:

  1. António Francisco Agapito Bray, foi o nosso Bray mais longínquo, facto confirmado documentalmente através da sua assinatura que acima reproduzimos.A assinatura não estava reproduzida, mesmo assim continuei pensando que talvez abaixo a encontrasse.

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  2. Em nota final informamos que ainda não foi reproduzida, mas em breve será.

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  3. O "nosso" Bray mais longícuo - 2
    Um indivíduo é geralmente conhecido, no seu meio, pelo nome do baptismo ou era?
    Simples curiosidade!

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