Este ano a 26 de Janeiro
disputou-se na Marinha Grande o 24º Memorial José Vareda, torneio de xadrez,
homenagem do SOM ao ilustre cidadão homem com H grande, da cidade vidreira e não só.
Estiveram presentes dezanove equipas sendo duas do clube anfitrião.
Infelizmente foi um fiasco, no ano anterior estiveram quarenta e sete equipas
sendo só uma da casa.
Desde que José Bray em 1990
arquitectou e levou à prática este evento, o Memorial foi sempre uma
organização de excelente qualidade, ou seja um sucesso, sendo considerada por
muitos a melhor prova de xadrez do calendário português. A pedido da Federação
Portuguesa de Xadrez o Memorial passou a ser simultaneamente Campeonato
Nacional de Equipas em partidas semi-rápidas. Foi assim durante vinte e três
anos.
O casamento SOM/FPX nos últimos anos
não foi contudo pacifico. A ruptura esteve diversas vezes para acontecer, mas
no fim o bom senso imperou. Um protocolo foi assinado que dava o direito ao
Memorial José Vareda ser até 2014 também Nacional, depois se voltaria a
negociar. Este documento foi assinado entre a Direcção do SOM e o presidente da
FPX Jorge Antão.
Sempre me fez confusão estes ataques sem tacto da FPX à filosofia do projecto do SOM no que respeita ao
Memorial, uma vez que a Federação Portuguesa de Xadrez tinha um torneio oficial do seu calendário
nacional, realizado a custo zero, sem qualquer trabalho e sem qualquer chatice.
QUE MAIS PODERIAM QUERER? A ideia foi do SOM, a data foi conquistada pelo SOM,
o trabalho foi do SOM e o prejuízo foi do SOM. Os anteriores presidentes da FPX,
gestores mais experientes, foram sensíveis a estes argumentos.
Foi com grande espanto que este
ano tomei conhecimento da divórcio SOM/FPX, levado a cabo por um jovem
presidente (nascido quase na altura do primeiro Memorial) e um presidente que
não cedeu às exigências federativas, não sei se bem se mal. Tentei investigar.
O senhor presidente da FPX, fez
simplesmente tábua rasa do compromisso assumindo pelo seu antecessor.
Segundo me disseram a Federação
pretendia uma parte das verbas relativas às inscrições na prova, dizem um
terço. Será verdade? Se for é ridículo no mínimo!
Sim é um disparate, como muitos
que têm sido feitos no xadrez nacional. A Federação queria parte das inscrições
e o SOM ficaria com os prejuízos aumentados devido a isso. O Memorial dá sempre
prejuízo, sem as inscrições ele ainda seria maior.
Ainda por cima a Federação cheia
de falta de tacto foi marcar o Nacional para a mesma data que o Memorial que já
acontece há 23 anos na Marinha Grande e sempre no último sábado de Janeiro. Por fim num
recuo de última hora passaram para Março perante uma evidente derrota que
se avizinhava.
Em qualquer dos casos contribuíram
provavelmente para o fim de uma prova ímpar Que ganhou o Xadrez de Portugal
com tanto disparate?
Quero também dizer que embora já
não faça parte do xadrez do SOM, apoio a sua tomada de posição. Não tinham
infelizmente outra atitude a tomar, seguir em frente mesmo sendo um fracasso e
com um grande buraco financeiro.
Tenham juízo meus senhores! Se
não sabem, peçam conselhos.
José Bray
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