Pedi autorização ao Francisco Castro para inserir neste blogue a seu texto de esclarecimento, a sua resposta foi: Pedia-lhe que não colocasse. Não pretendemos criar mais polémica e confusão. O xadrez tem de estar unido. Compreendi a sua preocupação, por isso respeito o pedido do presidente. Em qualquer momento se Francisco Castro o desejar o blogue está à sua disposição para publicar os seus esclarecimentos.
Contudo sinto que tenho a obrigação de fazer alguns comentários, tentando que sejam de seu a seu dono:
1º - Continuo a pensar que é um disparate separar o Memorial José Vareda do Nacional de Semi-rápidas equipas. A Federação tinha uma prova realizada no seu calendário sem qualquer trabalho e sem custos. O Memorial tinha o prestigio de ser uma prova Oficial, valorizando a memória do Dr. José Henriques Vareda.
2º - Quero dizer ao senhor presidente da FPX que não se defende os interesses da Federação mas sim do Xadrez, ao fim e ao cabo a missão do organismo. A FPX não é uma empresa.
3º - Um protocolo, um tratado, um acordo, não se esgota no fim de um qualquer mandato. Pode ser renegociado, ou anulado se uma das partes não cumprir.
4º - Não concordo que a FPX queira parte das inscrições com a desculpa que é para a arbitragem. No máximo podem exigir que a organização pague aos árbitros. O SOM até podia ter quem o fizesse a custo zero.
5º - Penso que devia ter acontecido uma parceria entre FPX e SOM assente no dialogo e na tolerância. Devia ser assegurado os interesses do xadrez e do memorial.
Segundo os esclarecimentos do presidente da FPX, da parte do presidente do SOM não aconteceu esse dialogo tolerante e amistoso que leva à solução dos contenciosos. Francisco Castro também afirmou que sempre foi desejo da FPX que o Nacional se realizasse em conjugação com o Memorial José Vareda.
Agradeço ao Francisco Castro os esclarecimentos que me enviou, quando não tinha qualquer obrigação de o fazer. Por isso senti-me na obrigação de escrever esta mensagem.
Como notas finais e já dentro de outro âmbito quero dizer só mais duas coisas.
A - O fiasco do Memorial ficou a dever-se ao facto de o mesmo não ser prova do calendário oficial, ou seja o Nacional de Semi-rápidas Equipas, como sempre foi no passado. Não é preciso encontrar desculpas inteligentes como a crise ou o mau tempo.
B - Lamento que no meio de tudo isto a memória ao Dr. Vareda seja pouco documentada. Nunca, ou pouco se fala no homenageado, por isso parte dos jogadores nem sabe quem era o nosso doutor. Contudo, há quem queira ficar no pedestal.
José Bray
Sem comentários:
Enviar um comentário