Na Ermegeira, minha terra natal, havia e possivelmente ainda há, uma opinião generalizada que o primeiro Bray, seria um militar inglês, do tempo das invasões Francesas. Para uns, teria sido ferido e por cá ficou fazendo a vida, para outros que teria desertado, para muitos o militar teria passado à disponibilidade e casado com alguma menina da redondezas. Fomos criados na crença de que o homem era inglês e militar, a história teria acontecido logo após 1808. Nada mais errado.
Não sabemos se era inglês, francês ou outra nacionalidade. Mas sabemos que chegou à Ermegeira em 1865 ou 1866! E esta...
Chamava-se José Pedro da Roza Bray (sim Roza com z). Era jovem 23/24 anos, casado com Maria das Dores ainda mais jovem 17/18 anos. O matrimónio foi na Carvoeira e quando partiram para a minha aldeia já levavam o primeiro filho Silvério Pedro da Roza Bray, por sinal meu bisavô.
O meu avoengo foi trabalhar como feitor para a Quinta da Ermegeira, propriedade dos Viscondes de Balsemão.
Depois nasceram mais filhos por esta ordem, Maria Henriqueta, Luiza Maria, Mariana, Amélia e José (Sobrigal).
Maria das Dores, faleceu em 1880 com 32 anos. De que teria morrido? Parto, doença, epidemia? Não sei...
O marido mandou erigir um pequeno mas digno monumento no cemitério do Maxial.
Foi assim que começou a saga dos Bray na Ermegeira, minha aldeia.
E antes? E depois? Claro que sabemos muita coisa. Isto foi só para aguçar o apetite.
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