Museu do Xadrez
Às dezanove horas e trinta
minutos do dia 26 de Julho de 2013 em Figueiró dos Vinhos, foi inaugurado o
Museu do Xadrez Dr. Álvaro Gonçalves. Estão de parabéns os autarcas locais, em
especial relevo para o Rui Silva e para o José Fidalgo, assim como para todos
que colaboraram no projecto e nas tarefas atribuídas. Parabéns sem dúvida para
o Carlos Dias e para o António Curado, pela contribuição no trabalho e na
cedência do espólio exposto nesta primeira fase na vida do jovem museu. Outros
haverá, que deviam ser referenciados, mas por desconhecimento não o posso
fazer.
A Academia de Xadrez do
Bombarral fez-se representar por uma equipa de prestígio, o momento justificava
e não podíamos ficar alheios. Acompanhado por Carlos Baptista, Rui Feio e
Daniel Bray assentei arraiais na maravilhosa vila do norte do distrito.
Após um repasto que não
foi bom nem mau, nem caro nem barato, sentados numa agradável esplanada com
vista para os Paços do Concelho, jogámos umas partidas de xadrez. Entretanto
juntou-se a nós o Carlos Dias e a companheira.
Às dezassete horas,
fomos os seis ao salão nobre da Câmara Municipal assistir ao lançamento de um
livro de poesia da autoria do poeta Alcides Martins. Em boa hora o fizemos,
porque ao chegar ao salão só quatro pessoas se encontravam na audiência.
Entretanto chegaram mais dois ou três, entre estes entrou o António Curado.
Amavelmente a todos nós foi oferecido o livro com dedicatória do autor. Com o
devido respeito transcrevo um soneto do Alcides.
À memória de Álvaro
Gonçalves
Álvaro
Gonçalves está no paraíso,
Ele
que lutou na terra pela arte,
Hoje
cantamos um hino em toda a parte,
Em
sua homenagem com um sorriso.
Seu
pensar consistente e preciso,
Fez
lembrar um filósofo como sartre,
E
nas estrelas todas até Marte,
Está
sua imortalidade de sobreaviso
Os
anjos tocarão no alto clarim,
Vestidos
de brancas asas de cetim,
Lembrando
a candura de sua alma.
Cantaremos
ao som do bandolim,
As
músicas que ele ouviu, enfim,
Quando
partiu naquela tarde calma.
Alcides Martins
Às dezanove horas fomos
inaugurar uma avenida dedicada a um ilustre local, mas que neste momento não
sei o nome. Estivemos todos, aqui sim já havia bastante gente.
Dessa avenida partimos
então para o Casulo, a Casa José Malhoa, para então finalmente ser inaugurado o
Museu do Xadrez, após visita a outros espaços museológicos.
Ficamos todos muito
felizes e bem impressionados pelo que vimos e especialmente por todo a trabalho
desenvolvido. As duas salas estavam bem estruturadas e com coisas de interesse.
O espólio exposto no Museu é quase na totalidade pertença de Carlos Dias e
António Curado, mas muitas outras peças estão já em armazém por evidente falta
de espaço.
Depois seguiu-se um agradável
jantar no Parque oferecido pela autarquia. Estabeleceu-se um ambiente cordial e
de grande amizade. Debateram-se ideias para o futuro do Museu e do Xadrez em
geral.
Não posso deixar de
lamentar a ausência de pessoas com obrigações na modalidade, caso da Direcção
da Federação Portuguesa de Xadrez e outros.
O Museu Dr. Álvaro Gonçalves,
é uma pedrada no charco na apatia do xadrez nacional, a partir de agora nada
mais vai ser igual. Portugal tem finalmente o Museu do Xadrez.
Estou convencido que
muita coisa boa vai acontecer a partir daqui. Os amantes do xadrez, passaram a
ter um local para onde podem enviar o seu espólio, evitando assim que o mesmo
vá parar ao lixo.
O obrigado de todos nós
à Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos e aos seus autarcas.
José Bray
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