Nas culturas africanas a sul do Saará há um grande respeito pelos mais velhos, ser idoso é um posto. Para estes lados, os velhos são desprezados, ridicularizados e postos à margem da sociedade. O pessoal esquece que vai ser velho se passar de novo. A razão porque os negros respeitam os seus idosos é bem compreensível. Os velhos sobreviveram a todos os medos do mundo e acumularam conhecimentos pela aprendizagem diária, assim como saberes recebidos dos seus antepassados por via oral. Todos devíamos aprender com os nossos velhos e respeitar as suas opiniões. No fim da vida somos todos novamente crianças e estas sabem tudo e são puras.
Na minha cidade, como em todas povoações deste país, há uma percentagem elevada de velhos. Salvo excepções, que fazem eles? Vegetam pelos vários cantos da povoação, os mesmos grupos, sempre no mesmo local, sempre os mesmos velhos, falando das mesmas coisas, todos os dias do resto das suas vidas. A maior parte destes idosos têm mais valias que podiam ser aproveitadas para bem deles e da sociedade que os rodeia. Tanto desperdício de saber acumulado numa vida.
Era tão fácil fazer estes velhos mais felizes, para seu drama já chega a doença, a saudade, a carência de amor e a falta de meios. Muitas vezes o desprezo da própria família.
Qual então a solução? Simples, muito simples! Algumas sugestões:
Ouvir as suas conversas com interesse. Pôr os idosos a fazer o que sabem, mas por prazer. Organizar passeios através do país e do mundo. Muitas festas de convívio, idas a espectáculos, teatro, musica, cinema, desporto.
Organizar grupos de convívio, desenvolvendo as mais diversas actividades, dançar, nadar, caminhar, praticar jogos físicos e mentais. Não esquecer a actividade sexual, os jovens pensam que as pessoas aos setenta estão acabadas para o sexo, uma grande tolice pensarem isso.
Aprender sempre até morrer...sim pensam que não se aprende em velho? Como daria um filósofo meu amigo, uma falácia, aprende-se até ao poente da mente. Vou contar uma estória real que vem da minha experiência de vida.
Um amigo meu que já ultrapassou os oitenta anos e que está doente, começou a aparecer no local onde regularmente jogava xadrez com outros amigos. Este senhor há trinta anos ou mais, jogava a arte de Caissa com os seus amigos de tertúlia no café Cristal. Regularmente passava pelo local e dava uma vista de olhos aos jogos. Eram todos jogadores muito fracos e o seu xadrez era ridículo O meu amigo era dos piores. Há pouco tempo, o senhor Vargas, é esse o seu nome, começou a ser um mirone crónico e muito atento das partidas que eu jogava, ouvindo as minhas explicações dadas aos meus parceiros. Um dia humildemente pediu para jogar e qual não foi o meu espanto ao verificar a sua meteórica evolução. Quem aprende xadrez aos oitenta, aprenda qualquer matéria.
Não há velhos nem novos, há corpos com dias a gastar e em breve nenhum cá estará, eles e nós.
Aprender sempre até morrer...sim pensam que não se aprende em velho? Como daria um filósofo meu amigo, uma falácia, aprende-se até ao poente da mente. Vou contar uma estória real que vem da minha experiência de vida.
Um amigo meu que já ultrapassou os oitenta anos e que está doente, começou a aparecer no local onde regularmente jogava xadrez com outros amigos. Este senhor há trinta anos ou mais, jogava a arte de Caissa com os seus amigos de tertúlia no café Cristal. Regularmente passava pelo local e dava uma vista de olhos aos jogos. Eram todos jogadores muito fracos e o seu xadrez era ridículo O meu amigo era dos piores. Há pouco tempo, o senhor Vargas, é esse o seu nome, começou a ser um mirone crónico e muito atento das partidas que eu jogava, ouvindo as minhas explicações dadas aos meus parceiros. Um dia humildemente pediu para jogar e qual não foi o meu espanto ao verificar a sua meteórica evolução. Quem aprende xadrez aos oitenta, aprenda qualquer matéria.
Não há velhos nem novos, há corpos com dias a gastar e em breve nenhum cá estará, eles e nós.
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