Na minha aldeia há um conflito que divide a população. Penso que isto acontece em todos os burgos deste nosso conturbado planeta. Mas a estória da minha terra é minha preocupação e por isso estou a escrever sobre ela!
Os meus amigos lembram-se dos filmes italianos de humor dos anos cinquenta e sessenta que contavam a estória do conflito entre D. Camilo e Pepone? O pároco e o político comunista, numa pequena aldeia da Itália no após guerra, protagonizam cenas hilariantes através dos seus conflitos, mas no fim amigos trabalhando para o bem comum!
Costume dizer na brincadeira que na minha terra há os Bray e os restantes são primos. Quero dizer que somos todos ao fim e ao cabo uma família.
A coisa mais importante da aldeia é a banda filarmónica fundada em 1882, entretanto mas muito mais recente criou-se o chamado clube da bola. Um dia, não há muitos anos, aconteceu algo que os dividiu. Não vou falar das várias versões desse conflito que me foram contadas, nem vou fazer juízo de valores, não sei quem tem razão, nem sei se alguém a terá!
Mas uma coisa é certa, sei que a aldeia se dividiu, pior, dividiu os amigos e dividiu as famílias! Pergunto aos habitantes da Ermegeira. Não acham isso um disparate? Não acham que o interesse da aldeia é mais importante que as guerras de capoeira?
No D. Camilo e Peppone os conflitos com humor eram construtivos, na minha aldeia não, são estupidamente crispados!
Tenho familiares queridos nos dois lados, não tomei qualquer partido como é óbvio, quero sim que todos se dêem bem e sejam felizes!
Se precisarem da minha humilde colaboração, estarei disponível para ajudar a sanar este imbróglio.
Povo da Ermegeira, tenham bom senso!
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