Textos do dia 24/9/2013
Esta noite dormi, mas levantei-me cedo. Não tomei banho, fiz
meu tratamento a água. Lavei os doentes, bebi dois copos de água morna e deixei
passar meia hora e então bebi um copo de soja.
Depois deu-me desejo de escrever e de rajada saíram estes
textos que se seguem. Não é o seu valor estético ou de conteúdo é a gana de
escrever custe o que custar.
Discurso
Patético
Amigos,
No absurdo da incongruência da apatia humana escravizada no
fim do espaço sideral que a sonolência da espiritualidade irracional e concreta
e abstracta do cosmos na intolerância da velocidade sentimental da raridade dos
ingredientes substratos da servidão humana da inutilidade universalmente
acossada pela paridade do encantamento irracional e subjectivo decorrente e
obsceno do nascimento e da morte da felicidade perdida nos caos da profundidade
da alma congénita que flutua deslizando nas partículas da insolvência da apatia
humana no fim do buraco negro e absoluto em que as cintilantes estrelas na
obscuridade do ser e densidade negra do planisfério hexagonal da seriedade
estática da dinâmica da humanidade. Tenho dito!
Zé Patético,
24/9/2013
Rotina do
absurdo
Que tortura
sem ferida
Que esmaga
sem moer
Tempo que
desliza sem rodar
Cruel
realidade que esgota
Rotina que
absorve
O ar, a água
e a luz
Que apaga o
dia chegando a noite
Sol que vai
na terra que gira
Lua que está
Nem sempre
estando
Rotina que
absorve
O corpo e a
alma
Buraco
negro, tudo aspira
Na rotina do ser!
24/9/2013
Poema da
incongruência
Do humano sentimento
Partida
antes da chegada
Sentimental,
pura coincidência
Duro e
hostil sofrimento
Da narrativa
findada
No voar da
andorinha
Perdida no
espaço sideral
Sem pai, mãe
ou madrinha
Ser tratado
como animal
Poema da
incongruência
Claridade
sem luz nem cor
Da presença
na ausência
Do ódio, da
paixão, do amor.
24/9/2013
Lares
para a terceira idade
Uma das
minhas filhas, há dias apresentou-me uma ideia que pode não ser original, mas
sem dúvida com pernas para andar. Sem dúvida teria sucesso se o nosso povo (digo
governantes) fosse competente.
“Temos muita gente competente, mas no
colectivo somos uns fracassados”
Abertura de
lares para idosos, em quantidade sem limites, mil, dois mil, ou mesmo dez mil,
ou mesmo mais.
Lares com vários níveis de qualidade. Todos com as mais
avançadas normas, com bom tratamento. Como é óbvio conforme a bolsa e cultura
de cada um. Isto que seja entendido no sentido positivo.
Mas ainda não perceberam…isto era para estrangeiros!
As pessoas de idade passariam no nosso país o crepúsculo das
suas existências. Bem tratadas sobre todos os aspectos.
As vantagens para Portugal seriam muitas, além de dar
trabalho a centenas de milhar de profissionais.
Lares de turismo para a terceira idade, seria uma mina de
divisas a entrar neste país tão falho de ideias.
Nota: faz-me confusão a falta de imaginação dos nossos
governantes
24/9/2013
O Alberto Pereira de Castro, é um indivíduo intelectual, que
gosta de escrever e de ler. Tem pouca tolerância para aturar boçais. Se tiver
de estar ao pé de pessoas desinteressantes muito tempo, entra na bebida. Mas o
Alberto por vezes é um chato. Até a minha pessoa com toda a minha paciência por
vezes estou farto dele. É demasiado polido para os tempos actuais. É pessoa
ideal para acompanhar o Carlos da Maia.
Por sua vez, o seu irmão gémeo Francisco Pereira de Castro, é um baldas, um gajo terra a terra. Anda sempre a pensar no sexo feminino. Gosta dos
petiscos e cavaquear com um bom tinto à sua frente. Faz por sistema charme
porque gosta que as pessoas gostem dele. Não estou a falar de engates, mas na
relação com todos que o tratem bem.
São diferentes mas dão-se bem. Muitas vezes não estão de
acordo mas sabem ultrapassar as suas divergências.
24/9/2013
Após escrever estas tretas decidi ir ao Pombalino ver a
Diamantina que não está nada bem. Fui porque num futuro próximo vai ser difícil
fazer aquela viagem.
Pensando que estava hoje mais fresco fui com algum optimismo,
mas porra estava mesmo calor. Dou-me mal com o calor da lezíria, era sítio em
que não viveria.
Almocei na Azinhaga na Adega do Maltez, ou era Taberna? Já
não sei, mas sei que foi barato. Depois no sitio da Diamantina estendi-me no
sofá e comecei a ficar com moleza, dor de cabeça e neura!
Regressei a casa onde cheguei por volta das vinte horas,
penso que já passava. Ainda não jantei porque estou enfartado de nada em
especial.
24/9/2013 - ZM
Nota: encontrei este meu trabalho multifacetado no arquivo do passado; gostei! Decidi partilhar ele neste Blogger, assim como no meu XXIV livro de poemas e algumas prosas.
19/10/2018 - José Bray
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