domingo, 30 de junho de 2013

Os Bray, a caminhada

Os Bray, a caminhada
Alguns primos pediram-me para de uma forma simples fornecer informações dos nossos antecedentes. Já escrevi alguns textos, a sua actualidade depende de cada informação recolhida por todos que se dedicam à investigação do nosso apelido.
Banda da Ermegeira fundada em 1882
O meu bisavô é o jovem  sentado,  o ultimo à direita na imagem
Silvério Pedro da Rosa Bray

Esclareço desde já que esta recolha de dados foi feita por diversos investigadores, quase todos de nossa família, a mim só cabe parte. Mas os primos querem dados, por isso mãos ao trabalho.
Nas investigações para simplificar separo a estória da família em várias fases, a primeira até ao Agapito, depois até José Bray feitor na Quinta da Ermegeira, de seguida até à minha geração, acabando na fase contemporânea. Esta ultima fase, a cada um pertence, por isso não vou escrever sobre ela.
Para mim o casal Agapito/Violante é um pêndulo entre as duas primeiras fases.
São conhecidas quatro gerações nos antecedentes de António Agapito da Rosa Bray, todos nascidos na zona de S. Domingos de Carmões, vejamos:
Pedro Dias/Maria Francisca, nascidos por volta de 1650, trisavós do Agapito.
António Francisco (n1678) /Luzia da Conceição (n?), bisavós do Agapito.
Manuel Francisco (n1702) /Maria Josefa (n1710?), avós do Agapito.
António Francisco (Agapito Bray *) (n1742) /Joaquina Sant’ana (n1745), pais do Agapito
(* este ultimo foi o primeiro a assinar Bray ao ser padrinho de um casamento).
António Agapito da Rosa Bray nasceu a 24 de Março de 1776, casou a 4 de Junho de 1798 com Violante Maria Peregrina de Barcelos Barreto nascida a 14 de Junho de 1770. Violante era seis anos mais velha que o Agapito.
O Agapito, que se saiba teve quatro irmãos: Maria Rita (n1772), José (n1774), Anna (n1779) e Violante (n1782).
O Agapito era capitão ou coisa parecida, não sabemos de quê, exército, marinha de guerra ou navio mercante, são hipóteses.
São conhecidas três gerações nos antecedentes de Violante Maria Peregrina de Barcelos Barreto, todos dos Açores, excepto a mãe de Violante.
Matias de Barcelos/ Catarina Pacheco, nascidos por volta de 1670, bisavós de Violante.
Manuel de Barcelos (n1692) /Maria Luís (n1700), bisavós de Violante.
José de Barcelos Barreto (n1732) /Madalena Caetana (n?), casaram na Ajuda/Lisboa em 1762, pais de Violante.
A Violante que se saiba teve dois irmãos: Gertrudes (n1764) e Lourenço António de Barcelos (n1767), ambos mais velhos que Violante.
Esta família oriunda dos Açores, desde o tempo do povoamento da Terceira, veio para o Continente devido às calamidades que se abateram sobre o arquipélago a meio do século XVIII.
Para fechar esta primeira fase quero dizer que uma irmã do Agapito a Maria Rita já tinha casado com um irmão da Violante em 1796, tendo já o filho João Baptista nascido três meses antes do casamento.
Assim encerro a primeira fase, avancemos para a segunda.
O casal Agapito/Violante viveram na Corujeira freguesia de S. Domingos de Carmões, foram pais de cinco filhos: Francisco Xavier da Rosa Bray (n1800), Perpétua Carlota da Rosa Bray (n1803), António Pedro da Rosa Bray (n1807), Silvério Pedro da Rosa Bray (n1809) e Maria da Conceição (n?)
O nosso avoengo foi o António Pedro da Rosa Bray casado com Maria Sant’ana., pais de José Pedro da Rosa Bray que nasceu a 19 de Março de 1843, no mesmo dia mas em 1845 morre António Agapito nas vésperas de fazer 69 anos.
José Pedro da Rosa Bray casou com Maria das Dores (n20/1/1848) no dia 3 de Setembro de 1866.  O filho Silvério já tinha nascido.
Este casal após o casamento foi viver para a Quinta da Ermegeira, o José Bray como feitor da Quinta e a Maria das Dores como dama de companhia da Viscondessa.
Assim começou a saga dos Bray na Ermegeira.
O casal José Pedro da Rosa Bray/Maria das Dores, foram pais de seis filhos: Silvério Pedro da Rosa Bray (n1866), Maria Henriqueta (n1868), Luisa Maria (n1870), Mariana (n1872), Amélia (n1874), José Pedro da Rosa Bray, conhecido por José do Sobrigal (n1877) e António (n1879, f1/3/1880).
Conta-se que Maria das Dores foi com o bebé António visitar a família às Carreiras a terra de seus pais. No regresso ela e filho foram surpreendidos por forte temporal apanhando ambos uma grande molha. Ficaram doentes, falecendo dias depois, o menino a 1 de Março e a mãe a 6 do mesmo mês do ano de 1880. António tinha um ano e a mãe trinta e dois.
José Pedro da Rosa Bray mandou erigir um pequeno mas digno monumento, no cemitério do Maxial em memória da mulher Maria das Dores.
Chamo a atenção para, Pedro, Rosa e Bray serem apelidos, que se mantiveram nos nomes dos homens da família, pelo século XX dentro até ao Estado Novo.
Terminaram aqui as duas primeiras fases, entrando-se na fase moderna.
Com os filhos do José Bray/Maria das Dores, abriram-se caminhos diferentes, cada um seguiu a sua estrada. Silvério, Maria e Luisa viveram na Ermegeira, Mariana e José no Sobrigal e Amélia em Lisboa.
Nesta terceira fase que chamo de moderna, seguirei o meu trilho.
No meu caso o meu bisavô foi o Silvério Pedro da Rosa Bray casou com Henriqueta Maria, foram pais de cinco filhos: António Pedro da Rosa Bray (n1888), Mário Pedro da Rosa Bray (n1894), José Pedro da Rosa Bray (n1896), Maria Henriqueta Bray (n?) e Felicidade Bray (n?). Esta gente deu ao casal Silvério Bray/Henriqueta Maria, trinta e dois netos não contando os que terão fenecido em crianças.
A minha avó Maria Henriqueta Bray gerou a minha mãe Maria Alice Bray, meus tios Alberto, Damião, João e as tias Maria Correia, Carminda e Natalina, sete ao todo. O António teve um filho, Mário nove, José também nove e Felicidade seis.
Eu tomei o comboio da vida em 1943, minha filha Ana Maria Freire Bray em 1971, Isa Paula Freire Bray em 1976. Meus netos, o Daniel em 1994, António em 2009 e Alexandre em 2012.
Nesta caminhada, treze gerações aconteceram desde Pedro Dias/ Maria Francisca e doze desde Matias de Barcelos/ Catarina Pacheco.
Continuamos sem saber como entrou o apelido Bray na família, sabemos sim que um avoengo nascido em 1742 António Francisco, assinou Agapito Bray ao ser padrinho de um casamento.
Na primeira metade do século XVIII foi viver para Coimbra uma família com apelido Bray oriunda da Inglaterra, contudo não conseguimos fazer a ligação com os Bray de Carmões.
Quase tudo escrito neste texto tem documentação comprovativa, contudo pode haver alguma incorrecção. Se tal acontecer peço a vossa ajuda para se corrigir.
Marinha Grande, 30 de Junho de 2013
José Bray





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