quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O Mendigo do Átrium

É verdade, morreu o mendigo do Átrium. Paz à sua alma, isto se a alma existir e o além também. Com cinismo digo o que qualquer mortal dirá. Foi o melhor que lhe pode ter acontecido, assim já não sofre mais! Mas estaremos certos? Penso que não. O ser humano só tem a vida para viver, esse é o seu património. Morreu, já não vive mais! Verdade de ”la Palice”. Não era um homem idoso na idade, era sim velho na vida. Não era difícil prever o seu fim, era coisa de mais semana menos semana. Mesmo assim chocou-me a sua morte, morte há muito anunciada. De certeza que não queria partir, mas este mundo cruel está-se nas tintas para quem está no fundo. O homem precisava de assistência, comida, roupa, medicamentos e algum carinho. Pergunto. Será que ELE se preocupa com estes casos? Deve estar muito distraído, ou então bandeou-se para o lado dos desnecessitados. Devo ao mendigo um enorme favor, coisa do seu total desconhecimento enquanto ser vivente. Se existir algo para além da morte, agora já deve saber o quê. Foi devido à sua frase. – Bom tarde, sou o mendigo do Átrium, preciso da sua ajuda. Que me levou a meter ombros à tarefa de escrever o “Vagabundo Filosofo e Utópico”.O meu trabalho de Julho deste ano. Na brincadeira dizia aos amigos e amigas. Se o trabalho vier a público, os direitos de autor serão para o mendigo Átrium. Afinal, vai ter direitos de autor! Como irá receber o prometido? José Bray, 28/10/2012 Nota: O Átrium é um pequeno centro comercial na terra onde vivo.

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